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Análise do discurso: a representação da mulher brasileira nos media
Joao Carlos Correia
O texto “Análises do Discurso: aplicações à representação da mulher brasileira em Portugal” pretende fazer uma análise das representações da mulher brasileira em Portugal, recorrendo a um corpo empírico constituído pela revista Time, por uma peça de um Jornal da TVI (Televisão Independente) e por uma peça do programa de humor “Contra-Informação” (RTP). O uso do Magazine Time justificava-se pela necessidade de contextualizar todo o alcance do problema de xenofobia contra a mulher brasileira surgido em Portugal. Por outro lado, o uso do texto escrito também serve para documentar um ensaio de aplicação da análise crítica do discurso (normalmente identificado como discurso escrito) à imagem. Através da análise do léxico e das unidades do texto ( no caso do texto) e dos planos (no caso da imagem) pretende desmontar-se os pressupostos ideológicos que estão por detrás deste tipo de representação. Ao mesmo tempo, procura analisar o papel do humor na crítica ao Telejornalismo português e demonstrar que quer o Telejornalismo quer o humor desenvolvem estratégias de legitimação do poder, mesmo que estas surjam à revelia da intenção do autor. Mesmo a aparente crítica humorística pode ocultar a referência para universos de conformismo ingénuo, que se traduzem em representações estereotipadas.
Estudos Feministas
Mulheres candidatas: relações entre gênero, mídia e discurso
2006 •
Joao Eduardo Coin Carvalho
Tendo como pano de fundo a sobreposição das presenças da mulher e do político nas candidaturas a cargos públicos, neste artigo discutimos o peso da mídia na influência sobre a escolha dos eleitores e a posição destes como intérpretes dessas mensagens midiáticas. Assumindo um entendimento que relativiza o poder da mídia, indicamos como a idéia de discurso de (e sobre) gênero pode ser compreendido como mediador dessa influência. Embora pesquisas indiquem que a presença da mulher na mídia como candidata, transformada em um produto de marketing, tendem a desqualificá-la, esses efeitos apenas acompanham o estereótipo da mulher restrita à cena privada, alimentado por um discurso social que identifica o lugar da mulher como sendo o lar, longe, portanto, do espaço público. A mídia, assim, além de sua responsabilidade pela instalação desse lugar de mulher, atua pela sua manutenção. Concluímos que a participação política das mulheres se apresenta intimamente ligada a como elas são representadas no senso comum, indicando que uma mudança da participação política feminina passaria pela mudança nos discursos hegemônicos sobre as mulheres, discursos esses queatravessam os indivíduos e os grupos sociais.
Os media e a comunicação para o género feminino
Inês Aroso, Marlene Loureiro
Neste artigo, refletimos sobre a importância do género na comunicação na sociedade atual, nomeadamente ao nível dos media e do jornalismo. Efetivamente, cada vez mais, o género assume-se como uma variável fundamental, quer como área de investigação, quer como área de atuação dos media. De facto, proliferam meios de comunicação social especializados, como canais televisivos femininos, revistas femininas e masculinas, blogues para homens ou para mulheres, entre outros. É precisamente sobre estes meios de comunicação social que incidimos o nosso estudo, mais concretamente, nos media que se dirigem para o género feminino, quer em termos de imprensa, como de televisão e internet, em Portugal. Além de analisarmos os conteúdos apresentados, em múltiplas variáveis da linguagem e do jornalismo, também procuramos saber se estes vão ao encontro das expectativas do seu público-alvo. Deste modo, por um lado, sistematizamos as particularidades associadas aos meios de comunicação especializados no género feminino e, por outro lado, caracterizamos o público feminino na sociedade portuguesa.
Revista ECO-Pós
Crise, feminismos e comunicação
2020 •
Maria Bogado
Apresentação editorial da Revista ECO-Pós v. 23, n. 3, 2020
Organicom
Feminismo e Comunicação: uma relação necessária
Claudia Lago
Este artigo aborda o feminismo e o campo da Comunicação. Inicia contextualizando a temática e oferece uma conceituação sobre o feminismo e suas origens, indicando dados relativos às pautas que apontam as desigualdades de gênero, para, em seguida, enfocar a relação com a Comunicação. Indica uma relação ainda muito tímida que esse campo mantém com os estudos feministas e de gênero, e propõe que essa relação se intensifique e passe a nortear pesquisas na área, independentemente dos objetos empíricos.
Mulher e mídia
2011 •
Ana Paula Hedler
E-Compós
Jornalismo, misoginia e a revitimização da mulher
Júlia Anjos
O objetivo deste artigo é discutir o jornalismo como instância promotora da revitimização de mulheres que acusam homens de violência. Com apoio de um quadro teórico de estudos antropológicos, históricos e filosóficos sobre gênero e emoções, argumentamos que tal modus operandi do jornalismo funciona como elo do que chamamos de cadeia comunicativa de misoginia. A reflexão se baseia em um estudo de caso envolvendo matérias do portal G1 sobre a acusação de agressão feita por Poliana Bagatini, em 2017, contra o cantor Victor Chaves (seu marido à época) e a posterior condenação do acusado, em 2020. A metodologia está fundamentada na teoria do enquadramento e na compreensão bakhtiniana do discurso.
A Representação Feminina Nos Anúncios e Propagandas Dos Jornais “A Palavra” e “Folha Do Norte” (1940 – 1945)
2017 •
Flaviana Pantoja
Este trabalho analisa alguns dos anúncios e propagandas voltados para o público feminino que circulavam em dois dos principais jornais de Belém do Pará em pleno período da Segunda Guerra Mundial: o diário A Folha do Norte e o católico A Palavra. Além disso, a partir das características distintas dos jornais escolhidos para esta pesquisa, buscamos refletir sobre as representações de práticas cotidianas das mulheres a partir de anúncios, bem como artigos e noticias em que a figura feminina é protagonista, visando pensar acerca de um perfil aproximado do ―ser mulher durante a década de 40 do século XX, publicados em dois jornais paraenses Folha do Norte e A Palavra
O acesso das mulheres ao discurso da imprensa portuguesa
2005 •
Silvana Ribeiro
A questao do acesso ao discurso ou da interrogacao pragmatica sobre quem pode falar a proposito de que com que fins e em que circunstâncias tem ocupado um lugar central na investigacao sobre poder e discurso. Podemos referir a este proposito dois tipos de investigacao: uma natureza mais social e institucional na senda de Foucault (1971) e uma outra que, para alem desta vertente institucional, compreende tambem uma dimensao interaccional e linguistica (e.g. Van Dijk, 1996). Em ambas podemos encontrar exemplos de analise do acesso ao discurso em estudos sobre desigualdade social e o papel do discurso na sua reproducao segundo linhas de classe, idade, etnia ou genero. A nossa atencao neste estudo centra-se precisamente na questao do genero e do poder simbolico dos media . A investigacao feminista tem mostrado amplamente que o discurso dos media continua a ser dominado pelo masculino, apesar dos progressos socio-economicos e das mudancas ideologicas obvias. E para ai que apontam tambem ...
revistaalceu.com.puc-rio.br
Representações da moda nas manifestações discursivas das revistas femininas brasileiras
Monique Vandresen